Trabalho que esse trará em sua bagagem. A maioria decide-se por não adquirir ao ouvirem comentários e reclamações de amigos, vizinhos e familiares que possuem cães problemáticos. Contudo muitos desses problemas vêm quando compramos o filhote errado. É bastante tentador um filhote da raça Rottweiler, por exemplo, mas quem não possui espaço físico suficiente para criá-lo, ao comprá-lo poderá adquirir um grande problema. O filhote ideal é aquele que melhor se adequar às rotinas familiares e que não possua sinais de males fisiológicos ou distúrbios comportamentais. Após decidir-se em adquirir um novo cãozinho, você deve escolher a raça ideal. Para isso devemos levar em consideração alguns aspectos como o tamanho que o filhote atingirá ao tornar-se adulto, o tamanho e tipo de pelagem, grau de atividade do cão e as características comportamentais do padrão da raça. Se você pretende manter seu cão num ambiente pequeno deverá dar prioridade às raças de pequeno porte. Já quem possui áreas maiores pode ampliar suas alternativas com cães de médio e grande porte. Normalmente, nas maiores cidades do mundo, as pessoas vivem em apartamentos, que em sua maioria são bem pequenos; essas pessoas devem estudar a possibilidade de possuir um cão de pequeno porte com baixo grau de atividade. O tamanho do animal também está relacionado à quantidade de alimento que ele necessita diariamente, e é claro que cães de grande porte necessitam de mais alimentos que animais de médio porte que necessitam de mais alimentos que animais de porte pequeno. Lembre-se que seu animal necessitará de espaço suficiente para se exercitar, brincar e conseqüentemente desenvolver-se. Se você não levar isso a sério poderá ter problemas no seu relacionamento com seu novo e bom amigo ou até mesmo poderá condená-lo a sérios problemas por mau desenvolvimento. O tamanho do pêlo também é importante. Se você não tem tempo para banhar seu cão e também não costuma ter paciência para escová-lo regularmente, deve dar preferência a cães de pêlos curtos ou médios. Muitas pessoas gostam de cuidar de seus animais banhando-os sempre, e realmente acham as escovações atividades relaxantes. Sendo assim, essas pessoas podem possuir cães de pêlos longos. A pelagem também pode ser de vários tipos: sedosas, tipo arame (crespa), dura, densas ou mais ralas, que necessitam ou não de tosa, ou comuns. Devemos estar atentos porque cada pelagem requer um cuidado diferente para que permaneça bonita e viva, e desta forma devemos também escolher o tipo de pelagem tendo em mente qual você gostará mais ou se adaptará melhor. É importante ressaltar que todos os cães necessitam de cuidados com sua pelagem, e se esses cuidados não forem tomados, os pêlos podem embaraçar dando nós, e muitas vezes esses nós vão crescendo e enrolando o restante da pelagem ao redor, podendo até ser necessário raspar ou tosar a bela pelagem natural da raça. Nos cães de pêlo curto isso não é comum, porém costumam largar mais pêlos no chão. Outro fator que devemos analisar é o grau de atividade da raça e do exemplar da raça, já que é bastante comum numa mesma ninhada termos cães mais ativos e outros com baixo grau de atividade ou excitação. Sendo você uma pessoa que não para em casa, vive trabalhando ou ocupada e certamente não terá muito tempo para passear e brincar com seu cãozinho, você deve optar por cães com baixo nível de excitação, já que esses quando entediados tendem a ser menos destrutivos. Cães com alto grau de atividade necessitam de mais exercícios e espaço para se desenvolverem melhor e manter seu estado psicológico balanceado. Caso isso não ocorra você terá problemas com seu mascote. Você deve estar concluindo que o melhor então é ter um cão pouco ativo. Não tire conclusões precipitadas! Caso você seja uma pessoa que está sempre viajando e querendo levar seu companheiro ou queira que ele sempre te acompanhe nos passeios ou ainda, queira sempre brincar com ele, deve escolher cães com alto ou médio nível de excitação. Se você adquirir um exemplar nada ativo e possuir uma vida desse tipo, provavelmente não terá o companheiro ideal. Mas se você é uma pessoa com média atividade diária, que pretende brincar um pouco com seu cão todos os dias, viajar e que possa levá-lo rotineiramente para passear, mas que também aprecia bons momentos de quietude, com silêncio e sem que haja qualquer barulho para incomodá-lo, sua melhor opção é um cão balanceado com médio grau de atividade. Tendo em vista esses aspectos, após decidir o tamanho ideal, o tamanho e tipo de pelagem e o grau de atividade, é o momento de decidir a raça. Pode ficar calmo, pois existem mais de 450 raças diferentes e certamente haverá também uma boa variedade que encaixe no perfil traçado por você até agora. Comprar um cão e ser responsável como dono começa nessas primeiras questões. Em seguida você deverá pesquisar em livros, revistas ou outros meios como na internet por exemplo, quais raças estão dentro dos padrões que você deseja. Ver quais delas combinam com você, seu estilo de vida, e sem esquecer de levar em consideração sua família. É o momento de notar a dependência que cães de determinadas raças possuem pelo dono, sua afetuosidade, tolerância a crianças e estranhos (caso possua crianças ou receba muitas visitas), dificuldade em educá-lo (tendo em vista sua experiência com cães), para qual finalidade você o deseja (guarda, companhia, exposição, caça e etc.) e o custo que você terá com alimentação, possíveis treinadores, produtos de beleza, dentre outros. Decidida a raça, ainda não terá seu trabalho concluído. Faltará a escolha do canil onde você comprará seu cão e a escolha do exemplar perfeito para você e sua família. Caso essas últimas questões sejam ignoradas, você poderá errar e perder todo trabalho. Na escolha do canil, comece selecionando aqueles que criam poucas raças e sejam especializados (em geral criadores de três raças diferentes, no máximo, e que as mesmas possuam características em comum). Busque canis registrados em algum sistema (AKC ou CBKC, por exemplo), visite mais de um canil para que você possa comparar a qualidade dos mesmos. Dê preferência a criadores idôneos e que possuam preços diferentes, mesmo que de uma mesma ninhada. Bons criadores selecionam seus possíveis compradores de forma a escolher os melhores donos para seus filhotes, se negando a vendê-los caso acreditem que eles não serão bem cuidados, ou também, facilitam a venda se notarem que o filhote estará indo para o lugar ideal. Ao decidir-se pelo canil, converse com o criador sobre a raça para ter certeza de que é exatamente o que você deseja. Exponha a ele suas intenções e finalidades para o cãozinho e busque mostrá-lo um pouco da rotina da sua família. Os bons criadores conhecem as particularidades de cada filhote e lhe indicará o melhor para suas necessidades. Se o criador ao perceber suas necessidades achar que não possui o cachorro certo para você, provavelmente irá sugerir que você faça uma reserva na próxima ninhada; daí basta esperar um pouco. Exija ver os pais e note se há algum distúrbio físico ou comportamental. Se houver, não leve para casa cães dessa ninhada. Questione sobre o passado dos pais, principalmente sobre suas doenças e certifique-se que você não estará comprando um cão que poderá desenvolver doenças ou males hereditários. Lembre-se que nem sempre o mais bonitinho da ninhada será o melhor para você e sua família. Existem alguns testes que te auxiliam na escolha do melhor filhote. Se não se sentir seguro, faça-os, mas recomendo na dúvida, que procure auxílio profissional (treinadores ou adestradores) e se preciso, contrate um para ajudá-lo nas escolhas e decisões. Cada passo aqui citado é importante para evitar problemas relacionados ao seu estilo de vida e a do seu cão, bem como distúrbios comportamentais ou clínicos. Às vezes o trabalho e o dinheiro economizado na compra e aquisição do novo membro da família pode se tornar um imenso prejuízo com a contratação de treinadores e adestradores, em cirurgias com veterinários ou internações, além é claro de prejuízos psicológico e emocional.
Fonte: http://www.mesquita.com/