O hiperaquecimento ocorre quando há incapacidade do organismo de estabilizar a temperatura, tornando o metabolismo corpóreo ineficiente. A geração de calor como a que ocorre nos exercícios extenuantes ou exposição a altas temperaturas, pode ser maior do que a capacidade de dissipação desencadeando sinais e sintomas que podem culminar com a morte do animal.
Causas mais comuns:
Principais sinais do hiperaquecimento:
1- Animal ofegante.
2- A parte interna das orelhas se apresenta vermelha e quente.
3- Respiração ruidosa semelhante ao “pianço” da asma.
4- A exposição da língua é exuberante e ela mostra-se muito vermelha.
5- Aumento da temperatura corpórea que pode ultrapassar os 41,5°C.
6- Essa luta desesperada por respirar o deixará exausto rapidamente.
7- Ele ficará fraco e isso poderá ser percebido pela perda do tônus muscular.
8- Iniciará um andar cambaleante, grogue.
9- Salivação intensa, sua garganta ficará congestionada por saliva espessa e esbranquiçada.
10- Vômito.
11- Diarréia.
12- Confusão mental que se percebe pelo olhar “vidrado”, perdido e opaco.
13- Podem ocorrer convulsões.
Episódios anteriores de hiperaquecimento sugerem a facilidade de recorrência.
Socorrendo seu cão:
O resfriamento do animal deve ser realizado de imediato, até que ele possa ser atendido por um veterinário.
1- Remova o cão para um ambiente ventilado e fresco, use ventilador.
2- Banho de imersão em água fria. Evite o uso de água gelada, pois isso causará vasoconstricção retardando ainda mais o resfriamento do animal e aumentando seu desconforto.O uso de alcool isopropilico nos cochins das patas também promove rápida evaporação e contribiu para o resfriamento.
3- Pode se valer de borrifador de água, toalhas molhadas, pedras de gelo para passar na boca e na região anal. Lembre-se de verificar a temperatura do cão, diminua até em torno dos 39 graus e aí pare com o resfriamento. Caso o resfriamento prossiga poderá ocorrer hipotermia de difícil reversão.
4- Ofereça água, mas não em excesso, isso poderá fazer com que vomite agravando ainda mais seu estado.
5- Procure tranqüilizá-lo e mantê-lo consciente. Fale com ele em tom baixo chamando-o pelo nome.
Mantenha-se ao alcance de sua visão.
6- Não ofereça nenhum tipo de alimento;
7- O transporte até o veterinário deverá ser feito com ar condicionando ligado.
É fundamental a avaliação do animal pelo veterinário. Ele deverá ser mantido em observação intensa por no mínimo 24 horas e examinado diariamente por vários dias.
Muitos cães sofrem danos em multiplos órgãos ou até mesmo morrem por falta de um atendimento imediato e eficaz. A causa primária de morte não é a hipertermia em si, mas os danos renais e cerebrais, secundários a esses episódios.
Proprietários, criadores, handlers, tosadores etc. devem conhecer a situação e entender sua gravidade bem como estarem capacitados a realizar o pronto atendimento do animal."
Fonte:
Referências:
Proceedings of the NAVC Congress. Diagnosing And Managing Medical Issues Affecting Working Dogs. Orlando, Florida, 2007 - www.ivis.org
Proceedings of the NAVC - North American Veterinary Conference
Jan. 8-12, 2005, Orlando, Florida - www.ivis.org.
Peters, Stefanie: La Piel Y El Pelo Del Perro- Aspectos higiênicos y cosméticos.
Editorial Acribia S.A. Espana, 2001
Harris, Myra Savant: Puppy Intensive Care – A Breeder´s Guide to Care of Newborn Puppies. Dogwise Publishing, 2006
Fonte: Sirley Vieira Velho, www.skonbull.com