Quem tem bichos de estimação com certeza já passou ou vai passar pela situação de querer (ou precisar) viajar e não saber o que fazer com eles.
Para os que optam por levá-los como companhia, uma boa notícia: aos poucos, está aumentando a quantidade e a qualidade de serviços voltados para uma população de 34,3 milhões de cães e 18,3 milhões de gatos, segundo dados de 2010 da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos para Animais de Estimação (Anfalpet).
Hoje, os donos de pets podem encontrar companhias aéreas que ofereçam permissão para viajar na cabine (regalia reservada aos bichos com até 5kg). Dispõem ainda de hotéis que, cada vez mais, aceitam os bichos. A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih) calcula um crescimento entre 1% e 2% por ano, mas, como esses estabelecimentos ainda não estão presentes em todas as partes do Brasil, é sempre bom pesquisar antes de pegar a estrada. Finalmente, surgiram também agências especializadas na preparação dos documentos necessários e na criação de passeios específicos para os pets. Já pensou em fazer rafting com seu cão, por exemplo?
Pois isso já é possível. Mesmo com as novas facilidades, a decisão de viajar com um bicho ainda pode ser difícil se você não sabe o que levar na bagagem nem como preparar o animal para o tour.
Para tirar dúvidas, diminuir o estresse e aumentar as chances de o passeio ser divertido, vire a página e descubra um guia que pode ser usado não só nas férias, mas também durante o ano inteiro.
Em dia com as exigências Antes de partir rumo à diversão com o xodó da família, é importante organizar os documentos essenciais para viagens com animais e atualizar o cartão de vacinação.
No site do Ministério da Agricultura, o turista pode tirar dúvidas sobre a papelada necessária para viagens nacionais e internacionais com os bichos de estimação, em www.agricultura.gov.br/animal/animais-de-companhia. A preparação deve ser feita com o máximo de antecedência, para que, em primeiro lugar, ocorra a imunização proporcionada pela vacina contra a raiva no organismo do animal.
Ela é a única obrigatória para qualquer viagem dentro ou fora do país. E, se o passeio for em terras estrangeiras, o dono deve também procurar o consulado ou a embaixada do destino da viagem o quanto antes para saber se há outras exigências específicas daquele país.
O cão ou o gato precisarão do Certificado Zoosanitário Internacional (CZI). Ele é expedido de graça nos 106 postos do Serviço de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) — presentes nos aeroportos — ou nas Superintendências Federais de Agricultura de cada estado. Os endereços podem ser consultados no site do ministério.
Para emitir o CZI, o dono do animal vai precisar de um atestado de saúde assinado por um veterinário (veja quadro com os dados necessários), da carteira de vacinação em dia e de outros documentos que possam ser exigidos pela representação diplomática do país a ser visitado.
A validade do certificado varia entre cinco e 10 dias. O ministério dispõe de 18 modelos de CZIs dos seguintes países: África do Sul, Argentina, Austrália, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Hong Kong, Índia, Japão, México, Noruega, Nova Zelândia, Omã, Paraguai, Suíça, Taiwan, Uruguai e Venezuela, além de todos os países da União Europeia. Se o destino da viagem não for nenhum desses, o turista deverá pedir ao serviço veterinário do país de destino um documento oficial com as exigências sanitárias. E, em seguida, apresentá-lo aos postos do serviço da Vigiagro para que seja produzido um CZI específico.
Atenção A primeira dose da vacina antirrábica precisa de 30 dias para fazer efeito. Portanto, se o seu animal for tomar pela primeira vez para viajar, prepare-se com um mês de antecedência. Anote A Superintendência do Distrito Federal fica no Setor Bancário Norte, quadra 1, bloco D, Ed. Palácio do Desenvolvimento, 5º andar. Telefone: 3329-7101 e 3329-7100. E-mail: gab-df@agricultura.gov.br. TRATAMENTO DISTINTO Coelhos, chinchilas, hamsters, iguanas, peixes ornamentais e alguns tipos de aves (periquito, calopsita, canário belga, pombo etc.) também são considerados animais domésticos, mas recebem tratamento diferente do oferecido a cães e gatos na hora de viajar.
A analista do Núcleo de Epidemiologia e Trânsito da Secretaria de Agricultura do DF, Mariana Cesar, explica a documentação exigida para eles: “Esses bichinhos precisam da Guia de Trânsito Animal (GTA). Ela é emitida nas unidades da Secretaria de Agricultura com a apresentação do atestado de saúde assinado por um veterinário.” Para obter a GTA, procure a instituição em um dos seguintes endereços: SAIN Parque Rural, ao lado da Secretaria de Saúde e da Emater (3340-3862); SNO Quadra 1, Setor Norte do Gama, Lote 14/24 (3484-3484); Quadra 24, casa 3, Setor Tradicional, Brazlândia (3479-1870); Quadra 8, Área Especial nº 3, Sobradinho (3487-1438); Setor Comercial Central, Quadra 2, Bloco B, Planaltina (3389-3738).
ATESTADO DE SAÚDE Viagens nacionais: » Cartão de vacinação em dia, com a antirrábica atualizada para animais a partir de quatro meses de vida (é a única vacina obrigatória para qualquer viagem); » Atestado de saúde emitido por veterinário cadastrado no Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV).
Viagens internacionais: » Cartão de vacinação com a dose antirrábica em dia; » Atestado de saúde emitido por veterinário cadastrado no CRMV, para que seja emitido o Certificado Zoossanitário Internacional (CZI); » A depender do país, outros documentos podem ser exigidos para que o CZI seja expedido.
DOCUMENTAÇÃO O documento emitido pelo veterinário deve ter as seguintes informações:
» Nome, espécie, raça, porte e sexo do animal;
» Idade real ou presumida;
» Informação sobre o estado de saúde e sobre imunização antirrábica;
» Declaração de que foram atendidas as medidas sanitárias definidas pelos órgãos de saúde pública;
» Identificação do veterinário (carimbo com nome completo, número de inscrição no Conselho Regional de Medicina Veterinária e assinatura);
» Identificação do proprietário (nome, CPF e endereço completo);
» Data e local.
PRECAUÇÃO Avião » Algumas companhias aéreas têm sistema de reserva de animais e outras deixam para confirmar a presença no voo no dia da viagem. Por isso, é importante verificar quais serviços a empresa contratada pode oferecer;
» Se o animal tiver até 5kg, existem companhias aéreas que permitem a ele viajar ao lado do dono;
» Independentemente do local para onde o bichinho for transportado, ele precisará de uma boa caixa de transporte, que lhe possibilite dar uma volta ao redor do corpo;
» Veterinários não recomendam a sedação do animal. É melhor optar por calmantes à base de substâncias naturais.
Carro » O animal precisará de um cinto de segurança especial para cães ou gatos (quem deixa animais soltos no veículo comete infração média, com perda de quatro pontos na carteira e multa);
» Programar paradas a cada duas horas;
» Fora do carro, oferecer água.
Ônibus
» Informar-se sobre a permissão de animais com a empresa de transporte rodoviário, antes de contratá-la;
» O animal deve ficar dentro de uma caixa de transporte;
» Levar garrafinha d’água, toalhas de papel e saco de lixo para eventuais emergências.
Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br
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