Infelizmente, muitos cães são levados para suas novas famílias bem antes de completarem os 60 (sessenta) dias de vida. Na totalidade das vezes, o tutor desconhece o fato de que isso é péssimo…
Está comprovado que o período crítico, do ponto de vista dos anticorpos do filhote, está entre a 4ª e a 12ª semana de vida, quando as imunidades passiva (recebida do colostro da mãe) e ativa (produzida pelo filhote) estão muito baixas.
Outro aspecto relevante é o fato de que, dependendo da idade, o filhote terá apenas 1 (uma) ou 2 (duas) doses da vacina polivalente. Em outras palavras, ainda não estará totalmente protegido contra doenças virais e terá que passar por um período de confinamento antes de poder sair para passear.
Também vale registrar que quanto mais novo o filhote maior será o stress causado com a separação dos irmãos, eventual viagem, troca de ambiente e mudança de rotina. Ou seja, a adaptação será mais traumática, ensejando a baixa de imunidade, o choro à noite quando está sozinho, etc.
Ainda, do ponto de vista prático, as fezes de um filhote mais novo também irão representar um trabalho dobrado em razão da sua frequência e qualidade (maior volume e pastosas). Cabe registrar que o aprendizado quanto ao local apropriado para as necessidades restará comprometido em razão da imaturidade mental do cão.
Vale lembrar que a possibilidade do filhote mais jovem se envolver em acidentes, até mesmo fatais, diminui com a entrega do filhote na idade apropriada.
De outro tanto, tem-se a idéia equivocada de que após os 60 (sessenta) dias de vida o cão deixa de ser um filhote e que irá ter maior dificuldade de se adaptar no novo lar. E que a família perderá a convivência na “melhor” idade, enquanto “bebê”.
Ora, na maioria das raças o cão somente passa a ser considerado adulto quando completa 12 (doze) meses de vida.
Então, antes de levar o filhote para casa, tenha a consciência de que são inúmeras as vantagens de esperar até que o filhote tenha mais tempo de vida.
Fonte: www.reservadorei.com.br